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Tecnologia e Sustentabilidade: estufa permite que produtor rural controle o clima

  • Sthefanie Bernardes
  • 24 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

A proposta do programa Juntos para Competir, parceria da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), do Serviço Nacional da Aprendizagem Rural (SENAR-RS) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/RS), chamou a atenção de quem passou pela 38ª edição da Expointer, entre agosto e setembro deste ano. É uma estufa sustentável de alta tecnologia que permite o recolhimento e bombeamento da água da chuva através de um sistema alimentado por energia solar. O projeto traz a possibilidade de distribuir para cada planta, no momento adequado, a quantidade de água necessária. Com isso, o produtor pode controlar o clima da produção.

A estufa funciona da seguinte maneira: um tanque capta a água da chuva e através de um sistema de gotejamento autocompensante é possível irrigar a plantação. Quando o líquido captado entra em contato com a mangueira, há necessidade de pressurização igual em todos os pontos. Ou seja, no momento em que começar a sair água na primeira estaca, a mesma quantidade sairá na última. Há, assim, uniformidade na dose e na aplicação de nutrientes.

Levando em consideração a proteção de todo o produto cultivado e os equipamentos e automação para irrigação, uma estufa sustentável, de 300 metros quadrados, custa em torno de 30 mil reais. A produção é toda em substrato ou hidropônica, sendo assim, as frutas e verduras nunca entram em contato com o solo. Três opções de cultivo protegido estão disponíveis: sistema hidropônico sem solo (folhosas), sistema semi-hidropônico (morangos em substrato) e cultivo de tomates em vasos.

No caso do morango, a escolha pela suspensão se dá em função da produtividade e da mão de obra. Em uma estufa normal, de mil metros quadrados, é preciso três pessoas para trabalhar com 12 mil pés da fruta. Já em uma sustentável, que tem o mesmo tamanho, uma pessoa consegue suprir toda a demanda. Além disso, há também razões ambientais. Cascas de arroz carbonizadas e cinzas são usadas na mistura, o que leva a um substrato livre de fungos, bactérias e pragas em geral.

O engenheiro agrônomo e produtor beneficiário do Juntos para Competir Paulo Rosa, de Porto Alegre, diz que nenhuma das frutas e verduras recebe aplicações químicas “devido à assepsia na produção e por terem uma dieta calculada, calibrada e medida todos os dias pela manhã”.

Todos os dias é feita a extração da solução saturada do solo. Após, PH, condutividade elétrica e fertilizante são avaliados. Através de um aplicativo de celular, o produtor acessa o site do fornecedor do sistema de automação e passa as informações coletadas. Assim tem-se uma nutrição correta e ajustada, com água em quantidade necessária. “Basta que o produtor faça esse processo passando as informações de estufa em estufa que o programador aplica as doses corretas”, diz Rosa.

De acordo com o produtor rural e engenheiro agrônomo José Sérgio Muller, é possível reduzir drasticamente o número de defensivos quando a planta está equilibrada. “Dificilmente teremos um ataque de fungos ou bactérias em plantas extremamente saudáveis e é por isso que a quantidade correta de água e salinização é de extrema importância”, conclui. Com proposta sustentável, alinhada ao cultivo protegido, a Estufa Conceito tem mostrado aos produtores rurais que é possível colocar em prática um sistema correto de plantio.

O programa Juntos para Competir é uma parceria da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), do Serviço Nacional da Aprendizagem Rural (SENAR-RS) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/RS). Tem como objetivo organizar as cadeias produtivas no RS, desde o começo até a industrialização e comercialização. São 26 projetos diferentes no Estado, que atendem 3 mil produtores, organizados em 150 grupos, com inúmeras finalidades. Os técnicos vão até o local entender as demandas e, através de um corpo de consultores, traçam soluções e planos de trabalho em conjunto com os produtores. Os projetos têm duração de três anos e não há custos para o produtor. Os recursos são fornecidos por instituições parceiras.




 
 
 

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