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AMBIENTAL

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Porto Alegre recicla apenas 3% dos resíduos produzidos diariamente

O sistema de coleta de lixo da Capital, em vigor há 25 anos, não é usado de forma adequada pela população

 

Maria Karolina Soares

 

     A reciclagem retira do lixo materiais que levariam muitos tempo para se decompor na natureza. Plásticos e latas de alumínio, por exemplo, duram 450 e 200 anos no meio ambiente, respectivamente. Já o vidro, muito mais: permanece por 1 milhão de anos. Segundo dados da divisão de Destino Final do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Porto Alegre produz aproximadamente 1.600 toneladas de lixo por dia. No entanto, apenas 3% dos resíduos são reciclados.

     O DMLU é o órgão responsável por realizar a limpeza da capital gaúcha. As coletas são seletivas e envolvem resíduos recicláveis - em 100% das ruas da cidade - além da domiciliar, que trata os lixos orgânicos e os rejeitos. Todo o material recolhido pela seletiva é encaminhado para as Unidades de Triagem. Lá ocorre a separação, o enfardamento e a venda para a reciclagem. “Há 25 anos a cidade está familiarizada com o sistema de coleta e, embora o índice de reciclagem ainda seja baixo, não há nenhuma outra capital com esse sistema oferecido”, defende o diretor da divisão de Projetos Sociais, Reaproveitamento e Reciclagem do DMLU, Jairo dos Santos.

     Porto Alegre também conta com a coleta automatizada, realizada desde julho de 2011, com containers espalhados no Centro Histórico, Bom Fim, Cidade Baixa, Independência e Farroupilha. Neles, o que deve ser colocado, basicamente, é resíduo orgânico: cascas e restos de frutas e legumes, sobras de comida, papel higiênico e fraldas descartáveis usados, guardanapo e toalha de papel sujos, plantas, restos de podas e varrição, pó de café e erva-mate. “É importante que a população conheça o sistema de coleta de Porto Alegre para que seja feito o descarte correto”, avisa o diretor da Divisão de Limpeza e Coleta, Felipe Kowal. Ele ainda alerta para outro cuidado que a população deve tomar: “geralmente as pessoas não descartam materiais cortantes ou pontiagudos da forma correta. Eles devem ser embalados, para evitar lesão aos garis”.

    Dona Amélia Vieira, 68, moradora do bairro Cidade Baixa há 28 anos, recorda que ao longo do tempo foi se reeducando para fazer o descarte correto. “As gerações mais antigas não estavam acostumadas com essa visão do lixo. Fico feliz de ver que estão preocupados com esse assunto, que é importante para a cidade e pro mundo”, destaca.

A separação e o descarte correto contribui socialmente para a geração de empregos e renda a trabalhadores formalmente organizados. De acordo com o diretor da Divisão de Destino Final do DMLU, Arceu Bandeira Rodrigues, “todos os resíduos recicláveis ou reaproveitáveis são recolhidos e encaminhados para as 19 unidades de triagem, gerando 800 empregos para pessoas que vivem da venda de resíduos”.

     Antônio Carlos Ribeiro, 49, conta que - como carroceiro - sobreviveu durante 7 anos com o lucro da reciclagem. A única fonte de renda dele era oriunda dos materiais que são direcionados até a Unidade de Triagem do Campo da Tuca. Hoje ele trabalha como gari em umas das Unidades de Serviço do DMLU. No entanto as dificuldades não diminuíram. O trabalho de quem varre, junta e direciona o lixo para o local correto não é fácil. “O problema é que as pessoas não se colocam no nosso lugar. A gente trabalha 24 horas por dia limpando a sujeira que elas jogam em qualquer lugar. Geralmente quem joga uma bituca no chão é quem reclama que a cidade não está limpa”, desabafa Seu Antônio.   

Zona Rural em xeque

   O DMLU também alerta para a definição de lixo orgânico, rejeito e reciclável. Os orgânicos são compostos por resíduos domiciliares de origem vegetal ou animal, como sobras de alimentos, cinzas, restos de vegetação e dejetos de animais domésticos. Os rejeitos constituem em papel laminado, lacres de iogurte e requeijão, papel engordurado e sujo, papel higiênico, absorventes, fraldas descartáveis, cotonete, bituca de cigarro, etiquetas adesivas, lâmpadas comuns (incandescente), porcelana, rolhas de cortiça e embalagens de remédio. Já o lixo reciclável é, basicamente, todos os materiais reaproveitáveis feitos de plástico, vidro, papel seco e metal.

   Além de auxiliar na geração de emprego e renda, separar o lixo significa contribuir com a preservação do meio ambiente, aumentar a vida útil dos aterros sanitários e diminuir a quantidade de resíduos jogados nas ruas. Como foi dito na reportagem, Porto Alegre é uma referência no processo de coleta seletiva no Brasil. Entretanto, ainda são poucos os porto-alegrenses que aderiram à causa. O trabalho continua. A natureza agradece.

 

Os impactos ambientais causados pela nova demarcação na Zona Sul de Porto Alegre

 

Tamiris Souza

 

    Entre as capitais brasileiras, Porto Alegre ocupa a segunda colocação em extensão agrícola, atrás apenas de Palmas (TO). São 12 mil hectares, localizados na Zona Sul e espalhados por 720 propriedades. No ano de 1999, esses limites territoriais foram extintos pelo Plano Diretor Urbano e Ambiental e transformados em áreas rururbanas. Por meio da Lei Complementar nº 775, de 23 de outubro de 2015, as demarcações voltaram, mas com contradições e irregularidades que, segundo os críticos, seriam prejudiciais ao meio ambiente da região.

      O que parece algo bom para os produtores rurais pode ser um pesadelo para os ambientalistas. A bióloga e Gestora da Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger, Patrícia Witt, conta que a nova Zona Rural é destinada ao uso do solo para a produção primária e aos criatórios de animais. A suinocultura, por exemplo, até então não era licenciada dentro da área rururbana. Segundo ela, isso traz impactos ambientais, principalmente quanto ao uso de agrotóxicos, pois não há restrições agrícolas na região.   “Falta a normativa em produção sustentável, mas há a contradição de não haver nenhum tipo de proibição sobre o uso de agrotóxicos”.

      A preocupação da bióloga se redobra quando o assunto é agrotóxicos e suinucultura. “É uma zona que tem muitas áreas úmidas, banhados, cursos d’água que desembocam no Guaíba. Vão carregar no solo esses agrotóxicos, que muitas vezes têm uma vida útil muito longa. Isso é muito prejudicial, muito maléfico para a contaminação dos lençóis freáticos, dos cursos d’água e para a própria Reserva Biológica”, avalia. De acordo com ela, não é indicado a criação de suínos em áreas alagáveis e úmidas em função dos dejetos que são jogados no solo. “Me preocupa bastante no tocante à conservação da biodiversidade. A suinucultura é uma atividade de extremo impacto ambiental”.

    O Técnico em Agropecuária da EMATER, Cesar Marques, contesta essa posição. Se defende dizendo que oferta de adubação orgânica da região é muito baixa, portanto, precisa desse tipo de produção. Segundo ele, a suinocultura tem um grande potencial para atender esse nicho, pois os suínos produzem um grande volume de esterco. “Pelo aproveitamento desses resíduos na compostagem, vai ser de extrema valia para os produtores de orgânicos”.

     Mesmo com todas as questões apresentadas por Patrícia, há produtores rurais contentes com a volta da demarcação da Zona Rural de Porto Alegre. Como Isabel da Cruz Pacheco, proprietária da Granja Lia, no bairro Lami. Para ela, a questão dos orgânicos é muito importante: “a gente já levanta essa bandeira há muito tempo, de um alimento limpo e saudável. Isso só vem nos fortificar, nos valorizar e acima de tudo nos incentivar a continuar nesse trabalho”, comemora.

Segundo a bióloga, a questão da demarcação da Zona Rural é ainda mais complexa. De acordo com a Lei Federal 9.985, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, desde o ano de 2008, dez quilômetros em torno da Reserva Biológica do Lami já era considerado zona rural.

    Com a Lei Complementar 775, Art. 2º do Capítulo I, Das Disposições Gerais, a Nova Zona Rural é definida somente para a área formada pelos espaços não passíveis de ocupação intensiva. Para Patrícia, isso tem um lado positivo, mas como muitas áreas importantes ficaram de fora dessa demarcação, há problemas: “ficou uma colcha de retalhos, onde áreas importantes que poderiam ser consideradas como matrizes genéticas de povoamento, de sustentabilidade para áreas de produção, áreas de corredores ecológicos, acabam sendo usadas para outros fins. Essas zonas não se sustentam a longo prazo”, alerta.

    No Art. 15º do Capítulo V, Das Disposições Finais, é abordada a questão do uso do solo agrícola de terras sujeitas a intempéries ou calamidades. A bióloga avisa que a região escolhida para a área rural é de Preservação Permanente, portanto deve-se respeitar seus limites. “O uso do solo e a mudança da paisagem e das espécies sendo substituídas por outras, para uso alimentar e para criatório de animais, pode causar sérios problemas futuros”, adverte.

 

Para entender

 

    Na Zona Sul e extremo Sul de Porto Alegre, 720 propriedades rurais garantem a produção de frutíferas e hortaliças, a criação de animais e agroindústrias. No ano de 1999, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, sob a Lei 439, extinguiu essas demarcações e as transformou em áreas Rururbanas. Nestas, devem predominar os patrimônios naturais e possibilitar atividades do setor primário, lazer, turismo e uso residencial.

    Para os produtores, essa denominação os prejudicava, pois impedia o licenciamento de algumas atividades agrícolas. Após 16 anos dessa norma e graças às constantes reivindicações, no dia 6 de novembro deste ano a Lei Complementar nº 775, de 23 de outubro de 2015, entra em vigor. Porto Alegre tem novamente uma Zona Rural.

    De acordo com a Lei Complementar Nº 775, de 23 de outubro de 2015, a volta da demarca- ção da Zona Rural para Porto Alegre traz algumas vantagens, tais como:

- Garantirá a sustentabilidade ambiental e a tradição histórica, cultural e econômica da região sul e extremo sul da cidade.

- Os produtores passarão a ter direitos a linhas de crédito especiais para atividades primárias e as políticas que fomentam a agricultura.

- Possibilitará a implantação de agroindústrias familiares de transformação, abate de pequenos animais e beneficiamento de leite, capazes de agregar valor à produção local.

- Habilitará aos produtores a receber o licenciamento ambiental de atividades envolvendo a criação de animais.

- Fortalecerá as políticas de incremento ao fomento agropecuário.

Gravataí: um rio que clama por ajuda

Análises mostram que oxigênio é quase inexistente no local.
Poluição é tanta que a Corsan desativou alguns pontos de captação.

 

Felipe Menezes

 

    Apenas 12% do esgoto são tratados no Rio Grande do Sul. O descontrole já inutilizou metade das águas do Rio Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Análises feitas pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) mostram que o oxigênio é quase inexistente no rio, com níveis abaixo do recomendado para a vida de peixes e outros seres vivos. Também foi pesquisada a quantidade de coliformes fecais, bactérias que causam doenças. Por lei, o número não deve ultrapassar 1 mil coliformes a cada 100 ml de água. Entretanto, os níveis encontrados foram 142 vezes o volume permitido. Em mais da metade do rio, o recomendado é não entrar em contato com a água.

    "A classificação, conforme a legislação federal são zero, um, dois, três e quatro. A classe zero é a melhor, que se pode usar a água com tratamento primário. Já a classe dois requer tratamento secundário com decantação, e também bastante cuidado. Na classe 4 a legislação diz que não podemos tirar água para consumo humano, apenas como paisagismo e para a função do ecossistema", explica Samuel.

No Arroio Passo das Pedras, na Zona Norte de Porto Alegre, é comum enxergar garrafas, objetos de plástico e até eletrodomésticos. Toda a sujeira vai parar diariamente no Rio Gravataí. É a contribuição do esgoto da capital na contaminação do quinto rio mais poluído do Brasil, segundo dados do IBGE.

O que acontece todos os dias no Rio Gravataí preocupa a ONG de proteção ambiental APTA há muitos anos. "Pela poluição, isso aqui é um esgoto cloacal. O odor daqui é horrível, porque a água é dejeto puro. Não só cheira como é o próprio esgoto", diz o presidente da ONG, Clóvis Braga.

    O que o ambientalista diz foi confirmado pelas análises da Corsan. As coletas foram recomendadas pelo Ministério Público de Gravataí para verificar a qualidade das águas, e os resultados são assustadores. Das classes de um rio, estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, o Gravataí está na pior.

  "Ele está classificado em classe 4, onde nós temos reflexo direto da urbanização principalmente pela falta de tratamento de esgotos sanitários", diz o secretário-executivo do Comitê de Bacia do Gravataí, engenheiro civil Paulo Robinson da Silva Samuel.

   A Bacia do Gravataí é formada pelos municípios de Santo Antônio da Patrulha, Taquara, Glorinha, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão, Canoas e Porto Alegre. Entretanto, 90% do esgoto desses nove municípios são jogados brutos no rio, segundo dados do Ministério das Cidades.

    A poluição é tanta que a Corsan desativou alguns pontos de captação de água no Gravataí. Para não haver desabastecimento, a alternativa foi retirar a água do Arroio das Garças, que fica a pouco mais de um quilômetro da foz do Rio Gravataí. Segundo o ambientalista, a situação também pode apresentar risco de contaminação em breve.

     "Sendo predominante aqui na região, o vento sul sopra os dejetos, toda a poluição e os efluentes do Rio Gravataí rumo à Estação de Captação da Corsan. A empresa não capta diretamente, mas está captando a água dessa região, porque indiretamente a água do Gravataí adentra o Arroio das Garças", diz o presidente da ONG Apta.

Entretanto, a direção técnica da Corsan garante a qualidade da água que chega aos consumidores.

      "Dos investimentos da Corsan, que chegam a quase R$ 4 bilhões, mais de 80% são relativos a esgotamento sanitário. Portanto, é a preocupação número 1 da empresa fazer com que haja implantação não só de redes de coleta, mas também de tratamentos de esgotos de modo adequado que possam contribuir em preservação e baixo impacto nos nossos corpos receptores", diz o Diretor de Operações da companhia, engenheiro químico Eduardo Barbosa de Carvalho.

Poluição X Rizicultores

Classe apontada como poluidora da bacia alega estar sendo usada para desviar atenção de problema maior

            Em recente pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul aparece três vezes na lista que mostra os dez rios mais poluídos do Brasil. Rio dos Sinos, Gravataí e Rio Caí estão em quarto, quinto e oitavo lugares, respectivamente. A bacia do Gravataí nasce no banhado, em Santo Antônio da Patrulha, e termina junto ao Delta do Jacuí, entre Canoas e Porto Alegre.

Percorrendo nove municípios, a Bacia do Gravataí está no centro de uma polêmica envolvendo órgãos ambientais e produtores de arroz. Em reportagem divulgada por um grande veículo de comunicação do Estado, imagens realizadas em janeiro passado mostram um avião agrícola pulverizando com agrotóxico uma lavoura de arroz e atingindo uma Área de Preservação Permanente, do Banhado Grande, entre Glorinha e Viamão. A propriedade havia sido notificada meses atrás pelos danos à mata e pelo despejo irregular de agrotóxico na água.

 

Safra 2015/2016 e o Uso da Bacia do Gravataí     

    

     Conforme estudos do IRGA a região metropolitana é composta atualmente por 110 produtores de arroz. Segundo estimativas, a safra 2015/2016 teve uma área plantada na extensão da Bacia do Gravataí de 11.500 mil hectares. Destes, 78% são irrigados por açudes construídos nas propriedades. Apenas 22% das lavouras recebem água puxada do Rio. Neste contexto, os açudes construídos ao longo dos anos contribuem para vazão do Gravataí no verão, época de estiagem.

 

Afluentes e arroios do Gravataí

 

   O Rio Gravataí tem como principais afluentes os arroios Brigadeiro, Barnabé, Demétrio, Pinto, Passo Grande, Miraguaia, Venturosa, Veadinho, Chico Lomã, todos em sua margem direita; Já na sua margem esquerda, os arroios Areias, Sarandi, Feijó, Águas Belas, Passo dos Negros e Alexandrina formam seus afluentes. Os estudos realizados sobre a cobertura , uso e ocupação do solo indicaram que prevalecem áreas de campo (50,81%), seguidas por lavoura (19,98%), mata (11,12%), área urbana (7,65%), banhado (3,96%), água (2,04%), campo úmido (1,06%), solo descoberto (2,43%) e reflorestamento (0,89%).

     No Rio Gravataí, que abastece 1 milhão de pessoas sozinho, as punhaladas chegam por meio dos arroios Águas Belas, Barnabé, Feijó, Areia e Sarandi. Em vez de vida e oxigênio, eles levam toneladas de fezes humanas e animais para o leito. Na foz de cada um dos arroios, a água, quase parada, revela-se pastosa e negra. Em um trecho estimado em 20 quilômetros, entre Gravataí e Porto Alegre, depara-se com cachorros e cavalos mortos. Nas margens, acumulam-se sofás, pneus, fogões, garrafas pet, sacolas de lixo — centenas delas — e até geladeiras.

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EXPEDIENTE

 

Edição: Douglas Lacerda, Giovane Gonçalves Santayana, Luiza Fonseca e Karoline Leandro Santos

Projeto Gráfico: Camille Rocha, Julia Lazaretti dos Santos e Lauriane de Castro Belmonte

Supervisão: Almir Penha de Freitas e Juan de Moraes Domingues

Reportagens: Aline da Silva Possaura, Felipe Silva Menezes, Maria Karolina Soares de Souza, Tamiris Alana Candido de Souza, Cassia Marques Martins, Elisa de Souza Pegoraro, Marina Castaldelli Spim, Rafaela Santos de Souza, Anderson Fonseca dos Reis, Laís Maria Escher, Letícia Bay de Almeida, Pedro Henrique Abdala Pinheiro, Lucas Lagni Cancello, Matheus Beling D'Avila, Pedro Zandomeneghi, Viviane Farias Helm, Marcos Antônio Júnior, Maicon Hinrichsen Baptista, Aline da Silva Possaura, André Taquari, Nunes Fagundes, Raquel Baracho de Borges, Ana Paula Silva de Abreu, Carolina Estivalet Zorzetto, Nathalye Lucas Miranda, Gisele de Lourdes Pereira, Isabella Ferreira Pereira, Nathalia Gaieski, Carolline Viana Bernardes, Cristina Fragata dos Santos, Eniederson Farezin Miranda, Sthefanie Floriano Bernardes, Bruna Reis, Gabriela Giacomini Pinto, Nathalia Hamme Pádua, Thiago Silva de Oliveira, Victória Citton

 

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